A imuno-histoquímica é um método que analisa os tecidos pelo microscópio, procurando identificar as características moleculares das doenças. É aplicada em diversas áreas, como no diagnóstico de infecções inflamatórias e de neoplasias. Essa técnica é essencial para determinar fatores preditivos e prognósticos de câncer.
Em muitos casos, é preciso recorrer a esse exame para fornecer dados com maior precisão. Assim, é possível prescrever um tratamento mais individualizado. A imunohistoquímica contribui no diagnóstico de tumores em que não se sabe diferenciar se é um carcinoma, linfoma, melanoma ou sarcoma, através da pesquisa de moléculas associadas a diferentes tumores.
Venâncio Avancini, professor do departamento de patologia da Faculdade de Medicina da USP, afirma que esse método também é fundamental para diagnosticar doenças infecciosas e os respectivos antígenos de cada agente. É importante especialmente em casos no qual o patógeno não consegue ser visualizado por meio de morfologia convencional. “Outros avanços podem ser obtidos pelo estudo dos padrões de resposta inflamatória do hospedeiro, muitas vezes decisivos na avaliação prognóstica e até na seleção terapêutica”, pontua. Em sua visão, os softwares computacionais oferecem análises quantitativas com maior qualidade e controle.
Para o professor, a área mais promissora da imuno-histoquímica é a contribuição no conjunto de informes multidisciplinares oferecidos ao médico clínico ou cirurgião, que pode decidir com mais segurança na prescrição do tratamento. As informações detalhadas permitem a identificação de proteínas ou carboidratos modificados, que podem servir como antígenos na produção de novos anticorpos. Os avanços da imuno-histoquímica trazem mais precisão para a correta decisão terapêutica.