Tecnologia a serviço do diagnóstico precoce do melanoma

Entre os principais tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais agressivo e com maior índice de mortalidade quando diagnosticado tardiamente. O diagnóstico tardio acontece, geralmente, por desconhecimento, dificuldades diagnósticas ou falta de prevenção secundária.

Além disso, os melanomas são difíceis de serem descobertos devido à semelhança com lesões benignas, sobretudo quando estão em estágio inicial. Para o diagnóstico precoce dos melanomas, a tecnologia tem sido uma importante aliada. A dermatoscopia – espécie de lente de aumento –, por exemplo, aumentou a precisão no diagnóstico do melanoma. Seu uso associado à digitalização das imagens tem permitido monitorar lesões na pele suspeitas. Reavaliadas num curto período de tempo, essas lesões podem crescer e permitir que o médico confirme a necessidade de retirada e avaliação por exame anatomopatológico.

O exame anatomopatológico permite identificar o tipo de tumor e estabelecer parâmetros prognósticos. Mas além dele, técnicas moleculares por meio de espectrometria de massa tem surgido como meio de se classificar e determinar até o tipo de tratamento mais adequado ao paciente. Entre estas técnicas, sequenciamento gênico, identificação de mutações através de Hibridização In Situ Fluorescente (FISH), de Hibridização Genômica Comparativa (CGH) e técnicas de proteômica, entre outras.

A microscopia confocal in vivo é outra tecnologia que possibilita, por meio de raios laser, o exame de lesões com resolução de microscópio. Este exame permite, em casos selecionados, demarcar as margens cirúrgicas para assegurar que toda a lesão seja devidamente retirada.

Fatores de risco para câncer de pele

O principal fator causador de lesões na pele é a exposição à luz ultravioleta A e B, principalmente em pessoas muito claras que se queimam e nunca se bronzeiam. Em relação ao melanoma, há famílias com mais propensão ao desenvolvimento de lesões malignas do que outras. Cerca de 10% dos pacientes diagnosticados com melanoma têm histórico familiar desse tipo de tumor. Por isso, recomenda-se que os pacientes com histórico de melanoma na família procurem um especialista, que estabelecerá se o câncer é hereditário e a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Outros fatores de risco para câncer de pele são a ascendência e o tipo de pele. Como dito anteriormente, pessoas muito claras, com cabelos claros, olhos claros, portadoras de sardas e que se queimam com facilidade e dificilmente se bronzeiam, são mais suscetíveis a desenvolver algum tipo de câncer de pele. Pessoas com muitas pintas (nevos) também apresentam maior probabilidade de desenvolver melanoma.

No Brasil, em função da grande miscigenação, os traços afrodescendentes e asiáticos estão presentes em grande parte da população. Um tipo de melanoma que se desenvolve com maior frequência nestas etnias é o melanoma acral, que surge, normalmente, nas palmas das mãos, plantas dos pés e unhas.

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