Qual o papel do patologista no diagnóstico do câncer de boca?

Você sabia que é possível desenvolver câncer de boca? Esse é o tipo que afeta os lábios e o interior da cavidade oral.

Na boca, é importante observar gengivas, mucosa jugal (bochechas), palato duro (céu da boca), língua (principalmente bordas) e assoalho (região embaixo da língua). O câncer do lábio é mais frequente no lábio inferior, em homens brancos acima dos 40 anos.

Os principais fatores de risco incluem o tabagismo (segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos portadores da doença eram tabagistas), o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, vírus HPV e radiação solar. Além desses fatores, pacientes com higiene bucal deficiente, dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais estão mais suscetíveis a seu desenvolvimento. Como sintomas,  são observadas lesões na cavidade oral ou os lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, nódulos (caroços no pescoço), manchas, placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, rouquidão persistente, dificuldade na fala, dificuldade ao mastigar e engolir e sensação de que há algo preso na garganta. 

A detecção precoce é fundamental para garantir maiores chances de sucesso na cura da doença. Diante de alguma lesão que não cicatrize em até 15 dias, deve-se procurar um profissional de saúde (médico ou dentista) e realizar o exame completo da boca. O diagnóstico só pode ser realizado por meio da biópsia, em que o médico irá remover uma amostra de tecido para enviar ao laboratório de análise, com o patologista sendo responsável pela verificação e emissão do laudo. 

Em geral, o tratamento é feito com cirurgia e radioterapia, de forma isolada ou associada. Em alguns tipos, pode ser usada a quimioterapia. Ambas as técnicas apresentam bons resultados no caso de lesões iniciais. A indicação irá variar conforme o tipo histológico, localização e estadiamento do tumor. O tratamento é multidisciplinar, podendo envolver psicólogos, nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais e fisioterapeutas. 

É fundamental estar atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta. Lesões que não cicatrizam após 15 dias precisam ser investigadas, não negligencie e procure ajuda profissional. Com o diagnóstico precoce, estima-se que 80% dos casos sejam curáveis, quando em estágios iniciais da doença. 

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