O sucesso de qualquer hospital depende de diagnósticos bem realizados, precisos, elucidativos e rápidos. Novas tecnologias são sempre bem-vindas para instituições de saúde que desejam se tornar referência na área.
Uma metodologia que serve de exemplo é a de sequenciamento de DNA e RNA de nova geração, permitindo investigar doenças hereditárias, assim como avaliar com profundidade as causas de doenças através de testes em tecidos e fluidos retirados do corpo.
Os hospitais brasileiros, neste contexto, vêm investindo em laboratórios de anatomia patológica e centros de diagnóstico altamente especializados, que auxiliam na identificação correta de doenças infecciosas, inflamatórias e tumores de todos os tipos. A anatomia patológica acelera todo esse processo: representa um ramo da patologia e da medicina que tem a função de diagnosticar doenças por meio do exame macroscópico de peças cirúrgicas e análises microscópicas que estudam células e tecidos. Assim, realiza a análise de todos os materiais removidos em intervenções cirúrgicas, como materiais de punções e biópsias.
Ademais, esse segmento também faz os exames de imuno-histoquímica, capazes de melhorar a precisão do diagnóstico, principalmente na identificação de células cancerígenas. Essa investigação forma, muitas vezes, o ponto de partida para que seja definido o tratamento mais adequado.
Os hospitais que investem em centros de anatomia patológica costumam incentivar uma dinâmica de trabalho multidisciplinar, já que os profissionais da área de patologia atuam em conjunto com outros especialistas, dando uma visão mais detalhada das condições clínicas do paciente, reduzindo a chance de possíveis erros médicos. Os resultados são entregues com mais rapidez, contribuindo para que o tratamento logo seja iniciado. A anatomia patológica se reflete na qualidade da instituição, otimizando a qualificação e quantificação das falhas nos diferentes processos de trabalho, além de auxiliar na formação de soluções corretivas e preventivas.
Um hospital não pode se dar ao luxo de cometer erros. Por isso, as instituições de saúde que utilizam do apoio de uma equipe de médicos patologistas, auxiliados por equipamentos inovadores, podem tirar proveito de exames citológicos de líquidos orgânicos, punções aspirativas e imuno-histoquímicas para verificar nuances que exames tradicionais não conseguem. O êxito do trabalho exige que algumas fases da coleta e análise dos materiais sejam seguidas fielmente:
- Verificar a requisição dos exames
- Acondicionar o material, identificando as amostras para serem alocadas adequadamente e enviadas ao laboratório.
- Fixar o material e seu tempo de espera para análise.
- Analisar o material por meio de equipamentos ópticos de ampliação de imagens.
Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, o Brasil tem apenas 1.617 especialistas na área, o que explica a falta de direcionamento de recursos para essa área. Os dados colhidos em análises de tecidos, órgãos e materiais cirúrgicos são cruciais e podem ser enviados diretamente a um sistema de gestão hospitalar que tenha familiaridade com módulos de mineração de dados (data mining), baseado no tratamento algorítmico de variáveis. Os dados das pesquisas de anatomia patológica também podem ser usados para encontrar padrões através de ferramentas de indexação de laudos, facilitando a compreensão de tumores metastáticos, por exemplo.
Os benefícios da anatomia patológica são inúmeros, conferindo maior credibilidade às instituições e acelerando o diagnóstico correto de diversas patologias. O grande desafio, hoje, é conseguir conjugar análises clínicas e sistemas de saúde de alto impacto. Confiabilidade, precisão e rapidez são virtudes que não têm preço.